Nos meus
olhos um bailado de almas em resgate de amor.
Quero-te à
minha beira: dançamos!
Penso e
ouço, um coro de choros, sem idade, fala-me da dor que encapa a esperança.
Quero-te no
meu pensamento: sonhamos!
Há um
longe-perto de ti que me inquieta os sentidos.
Quero-te na
pele dos meus mimos: desejamos!
Na multidão
que marcha, sorrisos ganapos não sabem de nada.
No meu
suspiro, ouço a tua presença. Andarilha em mim: quero-te!
Arames e muros,
rasteiras e bastões, somos migrantes em nós – também eu.
Quero-te no
meu caminho: amamos!
Desligo o
aparelho, as imagens não se apagam. Continuamos, os dois!
Dá-me a tua
mão: ficamos!
Fernando
Morgado
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