Dar-me-ei no
silêncio do meu grito: ouve!
Guardo nele
as palavras que nunca te direi.
Tu és o meu
caminho e a minha eternidade.
Dar-me-ei,
íntegro, em cada sorriso teu.
Tu serás
sempre a expressão do meu sonho,
a força da
minha crença, do meu querer.
Só se for
para ser eterno é que vale a pena viver.
Dar-me-ei no
sussurro doce e terno que não vês.
Estarei,
distinto, entre tantas vozes que te adoram.
Guardo, em
prece, os mimos que não te posso dar
e todas as
brincadeiras que ficarão por brincar.
Estarei nas
tuas dúvidas quando te negarem que existo.
Saberás de
mim sempre que te proibirem de me ver.
Não nasceste
proibido; proibir não é viver!
Ouve! Talvez
um dia o meu eco te responda.
Estarei no
teu corpo, no teu sangue que também é meu.
Um dia saberás
que somos, ou que fomos, contemporâneos.
Cobrirão de
noite a minha integridade, o meu merecimento,
mas nunca
calarão o meu mais puro sentimento.
Ouve o
silêncio do meu grito: só tenho amor para te dar!
Fernando
Morgado
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