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A mostrar mensagens de janeiro, 2016
Deus disse: é pecado!  O homem descobriu-lhe efúgio. Da Bíblia: “Se um homem cometer adultério com a mulher de outro homem ou com a mulher do seu próximo; tanto o adultero quanto a adúltera terão que ser executados” – Levítico 20:16 Entretanto, passaram muitos anos! A vizinhança sabia a que horas o Zé chegava a casa. Qualquer que fosse a posição dos ponteiros, o prédio era invadido pela mistura dos insultos dele e os gritos da sua mulher. Homem de poucas falas, e de poucas aparições, não se lhe conheciam amigos ou, até, familiares. Os dois filhos do casal foram retirados pela comissão de proteção das crianças, por reincidência dos maus tratos e perigosidade do progenitor. Várias vezes os miúdos foram abrigados pelos vizinhos em eminência de violência. Outras alturas houve que os rapazes passaram a noite ao relento ou na urgência do Hospital Santo António, por consumação de agressões. Da Bíblia: “Do fruto da boca o homem come o bem; mas o apetite dos prevaricadores alim
O VÍCIO, MALDITO VÍCIO! Um bailado de sombras entra pela janela e ocupa a sua noite. João está a viver em casa emprestada, não conhece ainda os sons, os hábitos, os rituais daquele prédio. A proximidade do seu quarto ao elevador foi o primeiro sinal de diferença para a tranquilidade do seu sono. Da rua, ali mesmo a um palmo da janela, na parede que sobe para o seu quarto, no primeiro andar, os autocarros gritam o pára-arranca na paragem ali colocada. Os passageiros são sempre muitos, talvez pela proximidade à bifurcação de duas ruas. Vou ter que me habituar, claro! O vento forte e a chuva intensa, confirmam a previsão meteorológica anunciada para aviso laranja. João não é capaz de adormecer no escuro absoluto, daí a persiana ficar sempre semicerrada, e as sombras ondularem as paredes que lhe dariam descanso. Anula-as acendendo o candeeiro de mesa. Pega no livro de ocasião – Queres casar comigo todos os dias? -, embora outros três lhe façam companhia em intercalada leitura, abr
                                              Aqui, na varanda em que te espero, já as gaivotas partiram e os patos regressam em paz. Há os barcos e os elétricos, o s homens a jogar cartas  e os gatos à espera de um mimo. Aqui,   nesta pele de telhados incertos,   c larabóias cegas e chaminés caladas,   já o sol se põe   e a lua espreita.   Aqui, e sta sombra de mim, anuncia a tua chegada.   Fernando Morgado