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A mostrar mensagens de janeiro, 2018
Sei-vos descrentes e infiéis, incapazes de se darem à partilha, e senhores de verdades sem sentido. Sois guerreiros, cibernautas fiéis. Pertencem a esdrúxula matilha, e julgam-se cada um ser mais merecido.   Não vos falo de castigo ou perdão, nem sequer vos alvitro um caminho, tão perdidos que estais no desvario. Já nem vos motiva a revolução que vos devolva a honra e o pergaminho e faça da dignidade um desafio.   Fui menino na ilusão do não-pecado. Fiz-me homem na luta pela redenção. Deixei-vos divididos entre crentes e ateus. Ao vosso mundo não sou chamado, rejeitais a caridade e o perdão, sois rebanho de corruptos e fariseus.   Eu sou Cristo, padroeiro das aflições Sub-pele de certezas e convicções.   Fernando Morgado Junho/2015
Poema que um pai escreveu e enviou para um filho que não vê há 30 anos.     A Ana, a mais simpática de todas, diz-me que ainda é tempo para nos voltarmos a ver. Lembro-me da tua partida. Deixaste tudo por uma paixão. Querias viver. Outras paixões deixaste, ainda mais intensas pela tua ausência. Aquela despedida! Aquela despedida doeu muito! A juventude não te deu amarras, nada te prendeu. pensaste em ti. Agora, assim a rapariga tenha razão, vais encontrar-me igual – preso em ti. Descansa, estou institucionalizado - à tua espera há já longos anos. A tua mãe levou com ela as orações que te imploravam. Fiquei só...com esperança. Os teus irmãos, que tanto te amavam, foram ao encontro dela. Fiquei só...contigo. Quero partir. Não fosses tu e a esperança de ti, não ouviria mais a rapariga acalmar-me com loas de que te conhece e sabe que me vens ver. Trás aquela blusa de linho que te dei quando fizeste trinta anos.
4. Vai em passos de ida aquela mulher já cansada. É uma vida sem volta, a caminho do nada. Vejo o seu corpo e o seu olhar sisudo, um ser humano vazio de tudo. Toda ela trapos, aqueles que veste e os que leva na sacola. Por isso lhe chamam Maria Esmola.   FM
1. É já madrugada e os nossos corpos cansados deitam-se, lado a lado,, renovados ... para se quererem. FM 2. Desenho caminhos por onde passo com os teus passos. Vou aonde me levares ... para te desenhar outros mares. FM 3. Conduzo por entre a nuvem que abraça a estrada em que sigo. O medo visita-me ... em jeito de segredo: não venhas cedo, meu amor. Olha que se não chegares será tarde demais. FM