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A mostrar mensagens de abril, 2016
A histeria chegou aos "bons cidadãos" que gostam de animais de companhia. É já um dado adquirido que basta ter um cãozinho ao colo, ou um gato a lamber-nos a cara, para sermos tidos como pessoas boas, impolutas, e sem defeitos que nos possam ser apontados. Não hesitem: querem lavar a cara e as más línguas? Comprem um animal. Digo: comprem! Não vão na cantiga da adopção, pois nunca se sabe o passado do animal, qual o seu pedigree, e a rafeirice dos amigos que, até aí, o acompa nharam. É garantido um efeito imediato junto daqueles que, não conhecendo nada de nós, passam a julgar-nos pessoas carinhosas, porque "até gostamos de animais". Mesmo aqueles que têm problemas com as Finanças - com prejuízo para toda a comunidade - passam incólumes por entre o crivo das maledicências. Um animal ao colo - atenção: sejam criteriosos com a raça e respectiva linhagem - é suficiente para esconder outros problemas familiares ou, até, empresariais. Ter um animal de companhi
    É assim o amor, o nosso amor! Como bola que rodopia entre crianças, também os meus beijos saltitam nos teus lábios, e as minhas mãos tremem na tua pele. Beijos querentes, pouco inocentes, na leveza de não se conterem, de não se contarem. Lábios sôfregos na volúpia de recomeços ininterruptos. Selamos abraços, trocamos afetos,   no aconchego dos sonhos, no desassossego dos sins, na sub-pele das pulsões... Somos o corpo das nossas ilusões!   Como bola que saltita entre crianças, também os teus beijos prendem os meus lábios entre tropelias e desejos, mandantes e sábios.       Construtores de prazeres, assim nos queremos.     Fernando Morgado – O beijo. (desenho: Gustav Klimt)
  O cheiro a vida acabada – sangue e óleo queimado em mistura metálica – devolve-me a sobrevivência mas não a cor, numa visão em preto infinito – a incapacidade sobrante. Porquê? A escuridão medonha que me circunda, este silêncio, as minhas pernas já mortas…milagre!                Tem fé, a vida continua em ti, a esperança vai dar-te futuro. Confia em mim! Não acredito no que estás para aí a dizer.                Então…e o milagre? Porque o referes? Milagre mesmo é acreditares! Sei que estou vivo, não preciso que me lembres. Não acredito nas tuas bazófias. Aliás, onde estás? Não te vejo. Claro, não vejo nada. Não te sinto. Queres explorar o meu sofrimento?                Consegues ver-te, vê-me! Estou em ti, mais que contigo. Eu sou a tua fé, a tua fé em ti. Estou em delírio. Não sei como está a minha cabeça, talvez desfeita, sem nexo. Preciso que me ajudem. Socorro! Socorro! Possa! Ninguém me ouve. Tirem-me daqui!                Estou em ti. Sou a tua mel
Amo o caminho que estendes por dentro das minhas divisões Abro-te a alma e os sonhos que guardo no veludo das emoções, Pouco me importa que destino levamos, enlaçados os dois.   Como gaivota em desnorte perdida na sua emoção, Dou-me ao teu jogo incerto, como juízo em contramão. Pouco me importa as vozes que dizem e as que se calam, surdos os dois. Corremos em submerso de peles, no arrepio do desejo. Selamos a incoerência incoerente num infinito beijo. Pouco me importa o estigma do pudor, antiéticos os dois. Somos corpo e éter, pássaros de água e fogo ao luar Caminheiros de horizontes invisíveis para alcançar Pouco me importa o medo e a fome, esfomeados os dois. Montamos os ventos e os fenos, arquétipos errantes. Travestimos gineceu e androceu como coloridos amantes. Pouco me importa o jugo alheio e cego, apaixonados os dois. Queremos os impossíveis a que só o amor nos pode levar Queremos o invisível que só o amor nos pode mostrar