Avançar para o conteúdo principal

 

Nos meus olhos um bailado de almas em resgate de amor.

Quero-te à minha beira: dançamos!

Penso e ouço, um coro de choros, sem idade, fala-me da dor que encapa a esperança.

Quero-te no meu pensamento: sonhamos!

Há um longe-perto de ti que me inquieta os sentidos.

Quero-te na pele dos meus mimos: desejamos!

Na multidão que marcha, sorrisos ganapos não sabem de nada.

No meu suspiro, ouço a tua presença. Andarilha em mim: quero-te!

Arames e muros, rasteiras e bastões, somos migrantes em nós – também eu.

Quero-te no meu caminho: amamos!

Desligo o aparelho, as imagens não se apagam. Continuamos, os dois!

Dá-me a tua mão: ficamos!

 

Fernando Morgado

Comentários

Mensagens populares deste blogue

MOSAICOS DA MINHA VIDA – 5 No Porto, quando alguém diz que nasceu ou mora na Rua dos Armazéns, nº 55 casa 26, está a falar de uma “ilha”…e o Porto tem tantas destas ilhas, ainda. Ora, esta morada, acima referida, é exactamente o sítio onde nasci e cresci – na Quinta do Loureiro. Em Miragaia, claro. Pouca gente desta freguesia não saberá onde fica a ilha da Quinta do Loureiro. O que nem tantos saberão é a origem deste nome – Loureiro. Ao longo dos anos, e em pesquisas que faço para as minhas escritas, tenho encontrado as mais diversas versões para este nome, mas a única a que dou credibilidade é à que nasce no Jardineiro-Mor José Marques Loureiro, o “jardineiro das Virtudes” como vulgarmente era conhecido. Este homem, com fama já granjeada na Beira-Alta, veio para o Porto a convite da Câmara da cidade, e deram-lhe a incumbência de criar novos jardins na urbe, melhorar os existentes e fornecer a Câmara e a Corte com as suas belas flores e plantas. Para esse fim, con