Ninguém gosta de morrer.

Mas morrer às mãos de um traiçoeiro silencioso,

de um cobarde que se esconde, é uma morte maior,

uma morte com mais dor.

Enfim, morrer assim é pior que morrer.

Onde estão as mãos que abraçavam as minhas,

para onde foram os beijos que nos aproximavam e davam ternura,

onde se esconderam os abraços que me davam força?

Dói!

Uma dor que se esconde solitária, uma febre que tudo queima,

um ar que teima em não entrar, que se perde sem proveito.

E eu respiro, enquanto os números me sufocam.

Preciso de ar para fazer voar o meu grito,

preciso de vento para me devolver o eco,

preciso de vozes, de corpos, preciso de mim e não sei onde estou.

Pensava que o único vírus invencível era o amor…mas, afinal, é isso!

Não matemos o vírus do amor, só ele nos pode salvar!

 

Fernando Morgado


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