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O amor nunca é demais


















Nove luas eu passei
Contei-as pelos teus dedos
No teu ventre eu sonhei
Embalando os teus segredos
Em desabafos e medos

Neste berço em que me deitas
Abraçado nos teus beijos
Cobres-me nos teus desejos
E com sorrisos me enfeitas
E com sorrisos me ajeitas

São mil beijos, são mil ais
O amor nunca é demais (repete)

Dou-me em pele de cetim
Acaricio os teus lábios
Quero que peças por mim
A Deus e a todos os sábios
Que me dê um amor sem fim
Sem métricas ou astrolábios

São mil ais, são mil beijos
São sempre mais os desejos (repete)

Fernando Morgado

Comentários

  1. Um poema dedicado à mulher-mãe, uma pequena homenagem ao amor maternal que não tem dimensões. Gostei!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Tenho 60 anos. Passei agora por uma fase na minha vida em que me lembrei tanto da minha mãe!

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  4. Hoje lembrei muito da minha ... faria anos!

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