Avançar para o conteúdo principal

Tu...e a minha viagem.





















É bom sentir a onda num vai e vem
Que nos faz sonhar a Viagem
Veste-se de espuma para dar nas vistas
E beija-me em sabor de sal e de férias idas.

Acode-me o Amor
Neste turbilhão de imagens
Que este Mar, daqui,
Nos traz de outro mar.

As gaivotas agitam-se para recolher
(O Fernão fica noutras ousadias)
Os barcos afoitam-se a noite dura
A areia, e o vento, diverte o meu olhar
E a Lua mostra-se em fino traço
De prenhe breve para anoitar!

Que faço eu na selva do corre-corre
Quando a Vida me oferece este esplendor,
Este mar que em vento me dá calor,
Este horizonte que me segreda que há mais Viver!

Mais uma gaivota tardia – não é o Fernão ainda.
Distraída que estava de já não ser dia,
Apressa-se no meu olhar,
Levando-o no movimento do seu voo,
E fazendo-me ver que o meu Sonho é maior que o Mundo,
E que, com tudo, vale a pena viver!

Que bom que foi ter-te aqui ao meu lado,
Nesta ausência que me fez apeteceres-me.
A onda, a gaivota e o horizonte
Fizeram de ti um barco para eu navegar!

Fernando Morgado

Comentários

Mensagens populares deste blogue

  Nos meus olhos um bailado de almas em resgate de amor. Quero-te à minha beira: dançamos! Penso e ouço, um coro de choros, sem idade, fala-me da dor que encapa a esperança. Quero-te no meu pensamento: sonhamos! Há um longe-perto de ti que me inquieta os sentidos. Quero-te na pele dos meus mimos: desejamos! Na multidão que marcha, sorrisos ganapos não sabem de nada. No meu suspiro, ouço a tua presença. Andarilha em mim: quero-te! Arames e muros, rasteiras e bastões, somos migrantes em nós – também eu. Quero-te no meu caminho: amamos! Desligo o aparelho, as imagens não se apagam. Continuamos, os dois! Dá-me a tua mão: ficamos!   Fernando Morgado
MOSAICOS DA MINHA VIDA – 5 No Porto, quando alguém diz que nasceu ou mora na Rua dos Armazéns, nº 55 casa 26, está a falar de uma “ilha”…e o Porto tem tantas destas ilhas, ainda. Ora, esta morada, acima referida, é exactamente o sítio onde nasci e cresci – na Quinta do Loureiro. Em Miragaia, claro. Pouca gente desta freguesia não saberá onde fica a ilha da Quinta do Loureiro. O que nem tantos saberão é a origem deste nome – Loureiro. Ao longo dos anos, e em pesquisas que faço para as minhas escritas, tenho encontrado as mais diversas versões para este nome, mas a única a que dou credibilidade é à que nasce no Jardineiro-Mor José Marques Loureiro, o “jardineiro das Virtudes” como vulgarmente era conhecido. Este homem, com fama já granjeada na Beira-Alta, veio para o Porto a convite da Câmara da cidade, e deram-lhe a incumbência de criar novos jardins na urbe, melhorar os existentes e fornecer a Câmara e a Corte com as suas belas flores e plantas. Para esse fim, con