Avançar para o conteúdo principal

SÓ TU, BASTA !













Suspendo a respiração para te ouvir a pele
Sussurro-te mentiras para te provocar
Salivo-te entre gotas de suor veneno
Sorvo-te os lábios, abraçamos línguas
Sabes-me a mosto em lençol de seda
Só tu e o meu desvario nesta loucura sôfrega
Somos dois corpos fundidos, até jactantes
Sorrisos, abraços, palavras doidas
Sentimos a implosão de cada dentro de nós
Sémen semente que dizes querer.
Supremo êxtase, luxuria e prazer.

Saia curta, meias de rede, seios bailantes
Sedosa pele, olhos turmalina, lábios em desejo
Sábado à noite, como sempre, aqui!
Sete da tarde, não te atrases.
Só tu sabes que somos amantes
Só tu, basta!


Comentários

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

  Nos meus olhos um bailado de almas em resgate de amor. Quero-te à minha beira: dançamos! Penso e ouço, um coro de choros, sem idade, fala-me da dor que encapa a esperança. Quero-te no meu pensamento: sonhamos! Há um longe-perto de ti que me inquieta os sentidos. Quero-te na pele dos meus mimos: desejamos! Na multidão que marcha, sorrisos ganapos não sabem de nada. No meu suspiro, ouço a tua presença. Andarilha em mim: quero-te! Arames e muros, rasteiras e bastões, somos migrantes em nós – também eu. Quero-te no meu caminho: amamos! Desligo o aparelho, as imagens não se apagam. Continuamos, os dois! Dá-me a tua mão: ficamos!   Fernando Morgado
MOSAICOS DA MINHA VIDA – 5 No Porto, quando alguém diz que nasceu ou mora na Rua dos Armazéns, nº 55 casa 26, está a falar de uma “ilha”…e o Porto tem tantas destas ilhas, ainda. Ora, esta morada, acima referida, é exactamente o sítio onde nasci e cresci – na Quinta do Loureiro. Em Miragaia, claro. Pouca gente desta freguesia não saberá onde fica a ilha da Quinta do Loureiro. O que nem tantos saberão é a origem deste nome – Loureiro. Ao longo dos anos, e em pesquisas que faço para as minhas escritas, tenho encontrado as mais diversas versões para este nome, mas a única a que dou credibilidade é à que nasce no Jardineiro-Mor José Marques Loureiro, o “jardineiro das Virtudes” como vulgarmente era conhecido. Este homem, com fama já granjeada na Beira-Alta, veio para o Porto a convite da Câmara da cidade, e deram-lhe a incumbência de criar novos jardins na urbe, melhorar os existentes e fornecer a Câmara e a Corte com as suas belas flores e plantas. Para esse fim, con