Era Agosto, meu amor, e tu sabias que eu partia Em fogueira de promessas e de ilusões Como se o mundo nos abandonasse num vulcão E nos olhássemos em redutora combustão. Era Agosto, meu amor, e tu não querias Que a esperança te fugisse por entre as mãos Como quimera de sonhos já iniciados Criando um deserto na felicidade que nos demos. Era Setembro, meu amor, e o vento nada trazia Deixando-me em dor e amargura Aos dias pequenos maior noite sucedia No silêncio dos porquês, farejava-me a loucura. Era Setembro, meu amor, e só o mar como companhia Nem as lágrimas nem as ondas lavavam o teu desespero. Ali, naquela praia que esperava o nosso amor, tu pressentias em miragem o meu corpo. É Outubro, meu amor, e tu sorris Na alegria dos nossos beijos recuperados. É Outubro, queríamo-nos tanto, meu amor! É tempo de regresso… e havia que destronar a dor. Fernando Morgado
Amigos leitores, boa tarde!
ResponderEliminarConvidamos-vos a ler o capítulo 13 da nossa história escrita a várias "Janelas de Tempo"
http://contospartilhados.blogspot.com/2018/10/janelas-de-tempo-capitulo-13.html
Votos de excelente fim-de-semana
Saudações literárias!