
O nosso monte. Já noite, numa lua de inverno – contudo crescente -, a chuva deu-se ao nosso aconchego. Quiseste mostrar-me o “tal” sítio muito bonito. Em ti, nada é uma promessa. O Porto ao longe, numa profusão de luz e encanto, em contraste com a quietude que cercava o meu carro - bancos versáteis. Um monte só nosso. Valquíria dos sonhos que são para viver: foram tantos aqueles que sobreviveram em nós. Contigo, nada é quase ou metade – só pode ser tudo. Um beijo, repetido mil vezes (ou mais?); saltitantes no teu corpo: todo. Senti-me em desapertos, quase tanto como a tua blusa, já de casas vazias, de onde saltavam uns bicos grossos e loucos – loucos de ti, na minha loucura! Não pares, deixa-me conduzir-te. Em ti sou tudo. Não me lembro como ficaste em coxas: a saia levou a cueca, ou vice-versa. Não importa! Est...