É CARNAVAL, NINGUEM LEVA A MAL.

OS MEUS MOSAICOS – 31 É CARNAVAL, NINGUEM LEVA A MAL O Porto, de há muitas décadas para cá, não tem uma tradição de corso carnavalesco como vemos por tantas cidades e vilas e aldeias e lugares e becos deste país em permanente disfarce. Se a amestração visual e a tradição histórica nos levam para imagens mascaradas e travestidas, também é certo que a arte do engano e das metáforas jocosas e divertidas são o complemento obrigatória para qualquer “recado” que as escolas, transformadas em baterias, e os anonimados pelas máscaras querem manifestar sob a protecção do “ninguém leva a mal”. Não foi este o carnaval que aprendi. Miragaia era terra de muita gente e, mais ainda, de muita canalhada (termo carinhoso com que os miúdos eram tratados nesta terra). Havia muita diversão, sem que o dinheiro fosse importante para os festejos; simplesmente, não havia dinheiro – mas havia vontade, criatividade e alegria! De um cartão qualquer, ou de uma cartolina (mais “fina” e cara), e...